quarta-feira, 11 de setembro de 2013

[Stanathan] Kiss and Don't Tell - Cap.2


Nota da Autora: Enfim, para esquentar.... enjoy! 

Atenção! NC-17...be aware!


Cap.2

Ela ainda segurava o braço dele talvez para assegurar que ele não fugiria da responsabilidade. Olhava fixamente para aqueles olhos profundamente azuis que pareciam hipnotiza-la. Por minutos, permaneceram assim, apenas se encarando na mesma posição. Stana sabia que por forçar a conversa precisava dar o primeiro passo. Porém ainda se encontravam no estúdio e o assunto delicado, exigia um lugar neutro, reservado. Ela sugeriu.

- Vamos a outro lugar ou pelo menos procurar uma sala. Não podemos conversar no corredor.

- Tem razão. Vamos até a sala dos escritores, a essa hora não deve ter mais ninguém por lá.

Eles caminharam até o lugar e realmente a sala já se encontrava às escuras. Nathan acendeu a luz e puxou a cadeira para ela sentar. Ele permaneceu de pé.

- Então Nathan, agora você já pode explicar o que está acontecendo.

- Tudo bem, na verdade a minha explicação é simples, você quer saber o porque das minhas reações nas nossas cenas desde que voltamos as gravações dessa temporada. Concordo que agi à primeira vista de maneira estranha. Deixei me levar pelo meu alter ego, incorporei Castle tão profundamente que passei dos limites, acabei imaginando em minha cabeça um mundo paralelo, de ficção - enquanto falava, sabia que era traído pelo seu nervosismo sentia o coração bater um pouco mais rápido - Sei que me excedi por isso peço que considere minhas desculpas - o que ele estava dizendo? Por que enrolava quando devia expor seus sentimentos? Ela não iria acreditar, tinha quase certeza.

- Nathan, por favor! Quer parar com esse lenga-lenga. Você não me engana e certamente não irá convencer ninguém. Quero a verdade, você me deve isso.

- A verdade? Tem certeza que está pronta para ouvi-la?

- Não estaríamos aqui conversando se não estivesse. Fale de uma vez,Nathan.

Ele passou a mão no rosto e suspirou. Não tinha escapatória, Stana era muito perspicaz e não desistiria facilmente então, qual o ponto em esconder? Ele sentia as mãos geladas, estava nervoso. Assim que começasse a falar era um caminho sem volta.

- Sim, estou diferente, estamos diferentes. A verdade é que não sei como agir perto de você. Confesso que fico perdido e confuso ao seu lado especialmente em cenas íntimas. Quando vamos gravar carinhos ou beijos. Não me entenda mal, não por você ou por não querer beijar você, Stana. É simplesmente por querer agir sem exagerar, quero agrada-la porém não sei como, tenho medo de assusta-la ou mesmo deixa-la com uma impressão errada de mim. Perto de você, eu me sinto um tolo. Stana você é tão linda e sexy, inteligente ou melhor dizendo,culta. Nunca conheci alguém que fale cinco línguas, conheça e se interesse por arte seja na forma de livros, música ou outros – ele caminhava de um lado ao outro da sala, mas mantinha o contato visual. Por fim, ele parou na frente dela, olhando sério e preocupado com o efeito das declarações que fazia para ela - e quem sou eu? Não passo de um cara comum que percebeu ter um talento para atuar e se aventurou na carreira de ator. Um geek, um eterno nerd que se vangloria de ter participado de ficção cientificas mas que no fundo, é apenas um exibicionista imaturo achando que pode impressionar a mulher mais incrível que já conheceu. No fim, é tão imaturo que chega a provocar irritação nela por seu jeito inconsequente - ele parou uns segundos para tomar um ar e conter um pouco a emoção que o traía - o problema Stana é que não consigo mais resistir a você, não quero lutar contra o que sinto, mas também não quero impor nada ou pressiona-la – ele engoliu em seco - Você queria a verdade, agora já a tem.

Ele queria diminuir o ritmo das batidas de seu coração mas sabia ser impossível. O nervosismo o dominava e o medo da rejeição dela o perseguia. Stana parecia absorta em pensamentos como se ainda digerisse cada palavra dita. Essa reação fazia Nathan sentir-se na obrigação de pedir desculpas ou mesmo deixar claro tudo o que estava em jogo.

- Olha, Stana sei que a situação é difícil para nós dois por causa do trabalho, somos profissionais mas Stana ao me separar de você nessas pequenas férias, me dei conta de quanto sinto a sua falta. Seu perfume,seu sorriso, o olhar misterioso tantas vezes gélido ou incisivo, fascina. Desculpe estar despejando isso tudo em você, parece não ser justo porém preciso ser honesto com você. Entendo se você quiser esquecer ou ignorar o que foi dito aqui, como se nada disso tivesse acontecido. Você poderá fingir mas infelizmente eu não. São cinco anos de convivência e você.... Stana, você e você. Essa mulher maravilhosa e adorável impossível de se ignorar. Não serei capaz de fingir, nem de negar o que sinto mas se for isso que você deseja, eu tentarei por você, lutarei contra tudo que sinto porque você quis assim. Essa é a minha verdade,Stana.

Um silêncio pairou no ar, ele percebeu quando ela prendeu a respiração. Nathan percebeu que ela demonstrava uma certa apreensão e ao mesmo tempo percebia um brilho diferente no olhar. Permanecia sentada desde o momento que entrara na sala. Pela primeira vez, ela quebrou o contato visual com ele focando suas mãos que estavam entrelaçadas e Stana mexia os dedos friccionando-os um nos outros repetidamente, sinal evidente de nervosismo. Ela ouvira tudo o que ele dissera e percebera o quão difícil fora para ele abrir-se completamente para ela, expôs sua insegurança e mostrou um lado bem diferente do qual estava acostumada. E ela gostara do que vira e ouvira,tanto que a apavorava. Havia muito em jogo, muito a considerar, chances de ganhar e perder. Vendo que ela travava uma batalha consigo mesma mantendo os olhos fixos em suas mãos, Nathan resolveu trazê-la de volta aquele momento, aquela realidade. Precisava de uma resposta fosse ela boa ou ruim.

- Stana, por favor, fale comigo, diga alguma coisa, qualquer que seja nem que me xingue mas não me deixe nessa agonia, sentindo que cada segundo é a certeza de que sou atingido por uma faca me recriminando pelo que falei. O seu silêncio me mata aos poucos, lentamente - ele se aproximou dela, ergueu seu rosto para novamente estabelecer um contato visual e foi então que Nathan pode perceber que ela tinha os olhos úmidos por lágrimas que se formavam contra as quais ela lutava fervorosamente no intuito de não verte-las. Aquilo partiu seu coração, em nenhum momento queria fazê-la chorar. Se odiaria por isso, culparia a si mesmo por isso. Ela olhava pra ele ainda buscando coragem para responde-lo mas foi Nathan quem acabou falando por se considerar o bandido da história.

- Hey... - ele tocou a mão dela usando o polegar para fazer pequenos círculos na pele - por favor, me perdoe. Em nenhum momento foi minha intenção te fazer chorar, não quero te fazer sofrer Stana. Que droga! Sou um idiota insensível... - ele soltou a mão dela - estraguei tudo. Tudo mesmo.

Ela porém buscou novamente a mão dele e engolindo em seco para forçar uma firmeza em sua voz, falou.

- Não Nathan. Você nem por um segundo foi insensível. Não, isso foi... - a voz falhou - inesperado, eu  Deus! Porque é tão difícil achar as palavras certas a dizer? Eu...você me surpreendeu. Quando estávamos filmando ontem a cena nos balanços, eu percebi seu jeito. Os sorrisos, o olhar penetrante, profundo. E hoje eu me peguei em uma situação complicada que eu não vivia desde as gravações de Always. Não vou negar que isso mexeu comigo mais do que imaginara ser possível. Nós somos diferentes em algumas coisas e parecidos em outras. Nos damos bem e pelo tempo que convivemos conhecemos um pouco ao outro mas...

- Há sempre um "mas" para complicar a história, não? Nesse caso, a droga do profissionalismo – ele lhe pareceu desapontado. Não acreditando que agora tudo poderia estar perdido.

- Nathan não é a esse tipo de "mas" que estou me referindo. Estou falando que além do que estamos experimentando em termos de sentimentos, existem outras coisas em risco. A nossa carreira, a amizade e o companheirismo que construímos ao longo dos anos, os demais atores mas principalmente a nós. Tenho medo de transpor essa barreira porque uma vez que façamos, não haverá volta. Deixaremos de ser atores e parceiros de cena e passaremos a ser... - ela não completou a frase. Ainda estava confusa sobre o que realmente seriam um para o outro, felizmente Nathan não tinha qualquer dificuldade em afirmar o que seriam.

- Seríamos duas pessoas em um relacionamento, podia até dizer namorados mas para isso precisaríamos ao menos de alguns encontros ou melhor um encontro especial. Stana, eu falo sério quando digo que não consigo mais ficar longe de você, não quero parecer desconfortável ao seu lado, quero poder te beijar sem reservas, te abraçar, mesmo o mais simples dos carinhos como um beijo na bochecha, um toque no rosto e andar de mãos dadas. Quero isso e muito mais, com você. Compreendo a sua preocupação, seu medo. Mas e o que acontece se não arriscarmos? Seríamos justos conosco, com nossos sentimentos se optássemos por esquecer e negar o que foi dito aqui?

Ele olhava de forma tão intrigante para ela, Stana compreendia tudo o que ele falava, sentia o mesmo que ele apesar de não ter admitido por completo para ele. Nathan, ao seu ver fora não apenas sincero ao levantar a possibilidade da dúvida como ela pode ver em seu olhar que estava ali, se abrindo pronto para arriscar pelos dois. Suspirou e se perguntou mentalmente o que ela queria. Bastava responder a essa pergunta. Ele a surpreendeu ao perguntar exatamente o que ela estava remoendo.

- Stana, o que você realmente quer? Tudo que eu falei faz algum sentido para você? Porque se você não quiser nos dar uma chance, eu não insistirei porém não sei se conseguirei resistir a certas situações. Não me responsabilizarei por alguns atos, portanto não fique irritada comigo. E também...

- Para Nathan! - ela colocou a mão no peito dele - pare, por favor antes que você possa dizer algo que se arrependa. Ouvi e entendi tudo - ela estava bem próxima dele - eu quero evitar o arrependimento, preciso descobrir a magnitude do que estou sentindo. Não é algo fácil, Nathan. Não foi para você. Chegar aqui na minha frente e dizer tudo o que disse. Isso é para poucos, admiro sua atitude. E não vou mentir, eu quero viver a experiência, preciso dar uma chance a nós - as mãos começaram a passear pelo peito mais sugestivamente - não se trata de curiosidade e sim de certeza. Porque eu gosto de você, não de agora porque estamos mais próximos devido a Castle e Beckett mas de um bom tempo. Always apenas atiçou tudo isso de novo.

- Fico feliz de saber que você pensa assim.

- Porém como já disse antes há muito em risco. Por isso quero te pedir algo.

- O que quiser,Stana...

- Mesmo com tudo o que estamos sentindo, quero ir devagar. Podemos trabalhar juntos a algum tempo mas será que nos conhecemos de fato? Vamos começar com uma boa conversa num café, depois um encontro reservado, um passo de cada vez. Ah, mais uma coisa. Nem uma palavra com mais ninguém do cast e muito menos com Andrew e Terri. Se quisermos que isso dê certo, precisamos de sigilo para fazer funcionar. Tudo bem?

- Acredito que não teremos uma tarefa fácil, principalmente você a julgar pelos seus fãs loucos por você, os tais Stanatics.

- Como se você não tivesse fãs apaixonados e não só por Castle ou esqueceu dos brown coats?

- Tudo bem, já entendi não vamos ter nossa primeira briga antes de sequer começarmos. Você tem razão. Manteremos segredo. Não será tão diferente do que já fazemos hoje.

Por um momento, ela ficou olhando para Nathan com um ar sonhador, estava acontecendo? Não era um sonho? E o que ela devia fazer agora? Stana não teve muito o que pensar para que o próximo passo fosse dado. Nathan a puxou para si e inclinou a boca na direção dela para beija-lhe os lábios.

E pela primeira vez, eles se entregaram realmente a um beijo sem reservas, um beijo de Nathan e Stana. Ao primeiro toque das línguas, um calor subiu pela pele de Stana criando uma sensação gostosa de desejo que a invadia aos poucos. Pela primeira vez tinha a chance de explorar cada milímetro do interior daquela boca que tanto desejara. Nathan deixou suas mãos vagarem pela lateral do corpo dela até chegar à nuca. Ele a puxava para si buscando intensificar o beijo. Por um tempo, dançaram juntos apenas sentindo o gosto de seu par. Stana foi quem se distanciou primeiro querendo ar. Mas Nathan não deu trégua. Devorou com vontade o pescoço dela e com as mãos agarrou sua cintura e a ergueu do chão colocando-a sentada em cima da mesa. Separou as pernas dela abrindo espaço para se envolver entre elas. O clima esquentou. Nathan chegou a beijar-lhe o colo quando ela gemeu e pareceu cair em si.

- Nathan... não, por favor... pare...não podemos... - mas ele já a beijava novamente, um último beijo antes de se separarem. E foi o que fez. Stana percebeu o desejo nos olhos dele ao fita-la assim que largou de seus lábios.

- Isso foi loucura... Prometemos ir devagar... e estamos aqui, quase tomando conta da sala de escritores como se fosse um... você sabe.

- Sei, desculpe. É difícil resistir. Acho melhor você e eu sairmos daqui.

- Sim, vamos.

Ao chegar no estacionamento, ele voltou a perguntar.

- Quer carona? Podemos tomar um café - ele piscou para ela. Stana riu.

- Acho que tivemos emoções demais para uma noite não? Vamos terminar por aqui - ao consultar o relógio porém percebeu que já passava das dez da noite e caminhar talvez não fosse o melhor a fazer, reconsiderou - tudo bem, está tarde. Aceito a carona mas desde que se comporte.

- Palavra de escoteiro.

- Nathan, você nunca foi escoteiro - ela riu e entrou no carro.

Durante o trajeto foi impossível não agirem de forma diferente. Enquanto dirigia, Nathan deixou a mão escapar propositadamente para tocar a coxa dela, acaricia-la e diferente da outra vez onde isso foi surpresa e ainda provocou estranheza em Stana, agora era bom, permitido e para ela algo extremamente gratificante, como um prêmio. Não conseguia desviar o olhar dele mesmo que Nathan tivesse os deles atentos à estrada. Chegando em frente ao prédio dela, ele parou o carro e seus olhos se encontraram. Ela falara que deviam se comportar, mas estava morrendo de vontade de beija-lo novamente.

- Bem, chegamos. Foi uma noite realmente interessante, cheia de surpresas. Estou feliz por termos conversado.

- Eu também, Nathan. Espero que daqui pra frente haja muitas noites como essa, de boas surpresas. Boa noite - ela se inclinou para beija-lo na bochecha mas a vontade de sentir sua boca era tanta que após o beijo no rosto, Stana virou o rosto dele levemente com a mão e sugou os lábios a sua frente. Ele aproveitou da chance provocada por um momento de deslize e pode se deliciar com os doces lábios. Satisfeita pelo menos por enquanto e antes que as coisas esquentassem de verdade, ela quebrou o beijo - agora realmente é boa noite.

- Traidora! Você mesma não resistiu à regra que impôs - ele gargalhou e sentiu o murro dela em seu braço - aí! Assuma que é verdade. Você queria mais.

- Foi só o último momento, nada mais. Já vou sair. Boa noite dessa vez, de verdade. E voltou a beija-lo com um simples selinho e saiu do carro. Ele ficou observando Stana sumir na entrada do prédio.

Stana chegou em casa foi direto ao banheiro, tomou uma ducha e vestiu uma camiseta. Ao deitar-se na cama, ela agarrou um dos travesseiros e começou a reviver os acontecimentos do dia. Sim, ela ainda podia sentir o toque dos lábios de Nathan nos seus, o contato das mãos. Era para ela surreal mas adorável a sensação de experimentar algo novo. Não era de hoje que Stana gostava dele, se sentia atraída pelo cara charmoso, cativante e brincalhão. Porém, o envolvimento com o trabalho e certas atitudes de Nathan a incomodavam. O tempo passou mas ao invés de esquecer, ela apenas gostou mais dele. A proximidade de suas personagens a deixou mexida e apenas querendo mais.

Suspirando, ela fechou os olhos e se pôs a imaginar como seria fazer amor com ele, para Stana uma coisa era certa: não conseguiria resistir por muito tempo.

No dia seguinte, ela chegou para trabalhar e encontrou a mesa da copa cheia de guloseimas. Frutas, pãezinhos doces, donnuts e bagels. Seamus e Penny estavam cada um com um copo de café e saboreando as rosquinhas. Nathan estava de pé na maquina.

- Bom dia, Stana! - disse Seamus - sente-se e tome um café conosco. Nathan estava inspirado e fez a farra na padaria.

- Isso, prove esse pãozinho doce está espetacular. Nathan, sirva café para a Stana.

- Já estou fazendo isso, Penny. Aqui, cuidado está bem quente - sorriu pra ela e sentou-se no banco ao seu lado - bom dia, Stana. Está cansada?

- Não, consegui descansar bem à noite. Saímos muito tarde ontem, as gravações foram puxadas - ela tratou de completar ao ver a cara que Seamus fazia.

- Parece que hoje não será diferente, Andrew já avisou que teremos mais externas pela manhã e à tarde filmo com os rapazes - disse Nathan.

Ela comeu e acabou se distraindo com uma história que Penny contava mas de vez em quando olhava de canto de olho para Nathan que retribuía o olhar. Quinze minutos depois, eles já estavam gravando. Depois das cenas externas, eles almoçam juntos antes de se separarem para continuar o trabalho.

Os dias seguiam-se maravilhosamente bem, na quinta após uma cena de beijo, eles fizeram uma parada para o café. Durante a conversa, ela brincou.

- Sabe, eu tinha certeza que "Castle" beijava bem, só não imaginava que pudesse ficar muito melhor.

- Você está me provocando? Pois saiba que não era desse jeito porque tinha receio do que você iria pensar - ele a observa com um sorriso maroto, ia esperar até o final do dia mas resolveu aproveitar a oportunidade e a convida para jantar.

- Que tal sairmos hoje para jantar? Conheço um lugar reservado que inaugurou semana passada, cozinha francesa. Tenho certeza que você irá gostar. Prometo que não teremos problema com a mídia, ninguém irá desconfiar.

- Eu não sei, Nathan. É arriscado e combinamos de ir devagar com tudo isso.

- Eu não esqueci, vamos é apenas um jantar. Quero passar um momento agradável com você, longe das câmeras, só nós dois, um bom vinho francês e um filé de comer rezando. Diga que aceita, por favor.

- Tudo bem, aceito.

- Ótimo! Te pego às oito.

- Espera, não sairemos direto daqui?

- Não, estou sem carro. Fiz ATP hoje - ele sai caminhando deixando Stana de boca aberta. Ela não conteve o sorriso.

Mais tarde conforme o combinado, ele passou na casa dela. Incerta sobre o que vestir, Stana optou por um macacão amarelo que ganhara numa sessão de fotos, tinha seu charme e era ao seu modo elegante e ligeiramente comportado mesmo expondo os ombros e mantendo o decote no colo.

Assim que entrou no carro dele, trocou um selinho rápido com ele. O lugar, como Nathan prometera, era bastante reservado. Numa noite de quinta-feira, apenas quatro mesas estavam ocupadas e ao que podia perceber, nenhuma celebridade ou fotógrafo à vista. Assim que sentaram, Nathan pediu um vinho branco francês e um pequeno covert. Ele também sugeriu o prato principal e durante o jantar conversavam e trocavam beijos e caricias. Era bom estarem sozinhos e poder realmente namorar. Depois de um creme bruleé e um bom café expresso, Nathan pagou a conta e deixaram o restaurante. Ele não percebera que Stana estava sentindo-se um pouco aérea, efeito do vinho.

Quando chegaram em frente ao prédio de Stana, ela o surpreendeu com um convite para subir. É claro que ele aceitou. Não era a primeira vez que vinha ao apartamento dela, nos primeiros anos trabalhando juntos estivera ali com os outros atores para alguns momentos de descontração. O lugar estava mudado, a decoração não era a mesma. Ele elogiou.

- Gostei do que fez com a decoração, está bem moderna, clean.

- Obrigada, quer beber alguma coisa? Tenho um shiraz na geladeira.

- Aceito - enquanto ela foi buscar as bebidas, Nathan procurou avaliar o ambiente antes de sentar no sofá para espera-la. Stana tinha muito bom gosto. Viu uma foto maravilhosa dela sobre a bancada abaixo da tv de led, ao lado, uma escultura metálica com uma frase que ele julgava ser em croata.

Quando ela entregou a taça de vinho a ele, Nathan perguntou.

- O que significa isso? É croata não?

- Sim, foi minha mãe quem me deu. Significa "viva intensamente" - ela tomou um pouco da bebida.

- Excelente conselho. Nathan segurou a mão dela e a puxou para o sofá. Sentados um ao lado do outro, ele deixou a taça sobre a mesinha de centro e fitou-a profundamente enquanto ela sorvia o vinho calmamente. Depois de vê-la colocar sua taça sobre a mesa, ele perguntou.

- Porque você me convidou para subir Stana? - ela se aproximou mais ainda dele e começou a passar a mão no peito dele. O olhar dela encontrou-se com o dele e ela sorriu.

- Queria privacidade com você - ela não esperou a resposta dele, inclinou-se na direção dele buscando os lábios. Assim que o primeiro toque aconteceu, o fogo entre eles se acendeu. Stana beijava-o com paixão e deixava as mãos deslizarem pelo peito dele. Não satisfeita, ela sentou-se entre as pernas dele o que serviu apenas para deixa-la ainda mais excitada com a situação. Sua língua explorava o interior da boca de Nathan e ele não se fez de rogado. Para instiga-la, ele buscou os seios dela apertando-os sobre o tecido do macacão fazendo-a gemer. O clima definitivamente esquentou mais do que ela previra e agora podia sentir os lábios de Nathan devorando sua nuca e os efeitos desses momentos de amassos em ambos. Ela estava úmida e Nathan excitado, podia sentir o membro dele crescendo contra o corpo dela. Se não parecem agora, eles certamente teriam problemas. Ofegante pelas caricias que ele a proporcionava, Stana gemeu entre o beijo que a pegou de supetão. Precisavam parar ou perderiam o controle.

Ela tentou afasta-lo de leve empurrando-o com as mãos mas ele parecia determinado em não parar. Chamou por ele, uma, duas vezes, nada fazia o homem a sua frente parar de provocar carícias por todo o corpo dela. Buscando forças onde achava não ser possível ela falou mais alto e o empurrou.

- Nathan, por favor. Pare...

- Por que? - ele olhou para ela confuso.

- Ainda não. Por favor, estamos indo... - ela gemeu sentindo os lábios na sua nuca - rápido demais. Ele beijou-a rapidamente nos lábios e sorrindo olhou pra Stana, podia ver nos olhos dela o desejo aflorando.

- Foi você quem começou...eu apenas segui seu ritmo - vendo que ela já franzia a testa, ele acariciou a bochecha dela e sorriu - relaxa Staninha, eu entendi. Melhor eu ir pra casa não?

- Staninha? - ela estava surpresa.

- Porque, não gosta? Desculpe é que achei que você não se importaria com uma forma carinhosa de falar. Pode ser amor, querida, baby, você escolhe.

Stana suspirou e a única reação que teve foi de segurar o rosto dele e beija-lo com vontade. Depois de quebrar o contato, ela sorriu e falou.

- Gostei de Staninha, quando estivermos a sós pode me chamar assim. Acredito que Nate ou handsome funciona pra você não?

- Sim, gorgeous funciona maravilhosamente.

Ela se levantou do sofá dando espaço a ele para respirar um pouco e se recompor. Ajeitou a roupa que estava torta, ajudou-o com a camisa de gola. Deu um selinho nele.

- Adorei a noite. Tudo. Devíamos repetir qualquer noite dessas.

- Faremos isso. Boa noite, Stana.

- Até amanhã, Nate.

Ele deixou o apartamento dela e Stana trancou a porta ainda suspirando.

Os dias seguintes o astral no set estava cada vez melhor, o clima era tranquilo e o humor de Stana e Nathan excelentes apesar da grande bateria de cenas que vinham filmando. Hoje ela gravava com Lisa Edelstein e estava sendo uma experiência prazerosa atuar ao lado dela. Além de divertida, ela dava várias dicas sobre todas as coisas a Stana, desde atuar até maquiagem.

Eles estavam no intervalo das gravações em estúdio e Stana decidiu olhar o que acontecia nas redes sociais. Nathan tinha ido pegar café para ambos e Seamus conversava alegremente com Lisa. Nathan voltara com o café mas ela sequer percebera estava tão absorta olhando e rindo para seu iphone que não dera um pingo de atenção ao que se passava ao ser redor.Ele,como bom moleque, começava a fazer caretas, biquinhos e até a mandar beijos. Nada. A próxima tentativa foi a de passar a mão sobre a tela fingindo atrapalhar a leitura dela. Seamus e Lisa observavam o jeito dos dois, especialmente Lisa que estava convivendo com eles pela primeira vez. Sentindo a pressão de Nathan pela sua atenção, ela o empurrava com a mão ou o beliscava sorrindo na barriga sem tirar os olhos do celular. Lisa gargalhou diante da cena e perguntou.

- Eles são sempre assim?

- Sempre. Estão tirando brincadeira ou se implicando a toda hora no set e fora dele – Seamus bebeu um pouco do seu café e implicou com ele – hey, Nathan tente a palavra mágica: Clooney.

- Clooney? – Lisa olhou para Seamus sem entender.

- George Clooney. A Stana tem uma paixonite secreta por ele – disse Nathan – mas só por ele.

- Ele é um amor! – disse Lisa e esse comentário atraiu a atenção de Stana.

- Sério? Você o conhece? – Stana deixou o celular de lado e olhava surpresa para Lisa.

- Não disse! Já se interessou pela conversa – provocou Nathan. Lisa riu.

- Sim, Hugh me apresentou numa premiere que fomos. Além de lindo e charmoso, ele é a simpatia em pessoa. Mas porque essa fascinação por Clooney, Stana?

- Deixa que essa eu explico – disse Nathan e viu Stana revirar os olhos – tudo começou numa premiere, nem lembro o filme a essa altura mas não esqueci a história. Ela menciona durante uma entrevista que adora o Clooney, que ele é lindo e talentoso e que adoraria conhecê-lo e trabalhar com ele. Precisava ver como ela babava pelo cara! Claro que sei de tudo isso porque a excitação dela foi tamanha que não se conteve em dar a entrevista, ela teve que vir comentar comigo. Alugou tanto o meu ouvido falando do quanto o cara era maravilhoso que até postei uma indireta no twitter.

- Indireta? Como assim? – perguntou Lisa. Stana olhava para ele como se o repreendesse pelo que sabia que Nathan falaria. Seamus apenas ria da situação, era incrível como esses dois pareciam algumas vezes suas personagens.

- Nathan, para. Você cria uma história tão grande de algo tão simples.

- Simples? Bem, volto nesse ponto depois. Onde eu estava...ah sim! Eu postei um tweet que ia me disfarçar de Clooney, sabe porque talvez assim Stana me desse bola, atenção, você entendeu Lisa. E não se iluda, se tem alguém que leva a sério a vida de fã, esse alguém é Stana. Pergunte do Seamus quanto ela pentelhava a Terri e o Andrew pra juntar Castle e Beckett? No fundo, ela não resiste a mim. Tudo pretexto.

- Ah, e falou o super modesto... – ela alfinetou rindo.

- Ah, Stana mas ele tem razão sobre o lance de ser fanzoca... admite.

- Apenas ouvia meus fãs.

- Vocês são ótimos. Nunca me diverti tanto ao trabalhar – disse Lisa – aliás, falando em trabalho temos apenas dez minutos antes de gravar novamente. Preciso ir ao toalete, me acompanha Stana?  

- Claro!      
 
Durante uma conversa no banheiro, diante de tudo que ouvira, Lisa instiga a ela.

- Nathan é um homem adorável, charmoso e muito bonito. Que olhos meu Deus! Conta pra mim, Stana você já... Você sabe, certo?

- Lisa... Nathan é meu parceiro de trabalho.

- Stana você é uma mulher linda, sexy vai me dizer que nunca ultrapassaram os limites durante uma gravação de cena, abusaram um do outro um pouco mais afinal seus personagens estão juntos, são um casal! - Lisa a observava atenta a fim de pescar qualquer mudança no semblante dela.

- Lisa, Castle e Beckett são um casal, ficção - apesar de não falar diretamente, Stana largou a indireta - Lisa, apesar do que você possa pensar sobre mim, nós garotas temos um lema "Kiss and Don't tell". Mas Lisa percebeu a malícia no rosto de Stana.

- Boa garota, não se preocupe seu segredo está seguro comigo.

Nathan e Stana continuavam fazendo o jogo de bons amigos no set e se encontrando quando podiam às escondidas. No próximo final de semana, eles completavam um mês nessa condição. Nathan queria fazer algo especial para ela mas teria que arranjar uma forma de despistar a curiosidade alheia. Por isso ligou para Trucco e pediu a ajuda dele. Ao contar o que tinha em mente, Michael aprovou a ideia de imediato e se ofereceu para fazer a preparação das coisas para Nathan.

Conforme combinado, Trucco ligaria para Stana convidando-a para um almoço na casa dele em Malibu. A ligação seria feita entre as gravações de modo a parecer algo casual que a tirasse de qualquer compromisso. Já ele mencionaria um evento em Las Vegas de sci-fi. Claro que a avisara antes que iria para o almoço com ela, a convenção era apenas uma fachada para ninguém suspeitar.

E foi assim que Nathan e Stana enganaram todo mundo para se encontrarem no fim de semana. Jon ainda tentou se escalar para o almoço mas Stana o cortou dizendo que era um almoço de Sandra e que eram apenas convidadas, Michael estava apenas ajudando-a a organizar. O que ela não sabia era que havia algo mais nesse almoço, claro que passariam um tempo com os amigos mas Stana não imaginava o que Nathan preparara para os dois.

No sábado, eles chegaram separados a casa de Michael. Sandra os recebeu primeiro a Stana e depois a Nathan numa alegria só. Ela não conseguia conter a satisfação em saber que os dois finalmente se acertaram. Serviu-os de petiscos e cerveja enquanto Michael se esmerava na churrasqueira. Nathan foi ajuda-lo e como seriam apenas os quatro, o almoço logo sairia. Sandra aproveitou para mostrar a casa para a amiga que ficou encantada com o jardim e o pequeno cais direto na praia de Malibu. Havia um barco ancorado no local. Stana estranhou pois sabia que Trucco não tinha barco.

- É de um amigo dele, de vez em quando ele deixa um ou outro ancorar os iates, lanchas ou barcos aqui. Já que não temos um, podemos oferecer aos amigos. Mas mudando de assunto, como vão as coisas com o Nathan?

- Estão indo bem. Quer dizer, isso é algo novo para a gente. Trabalhamos juntos e sempre nos respeitamos, cruzar esse limite imaginário que foi imposto por nós mesmos é um experimento, não sabemos onde isso irá nos levar.

- Engraçado você mencionar esse limite, na minha opinião vocês apenas se enganaram esse tempo todo. Na época que Mike foi trabalhar com vocês, ele já falava da química e da cumplicidade de vocês em cena e fora dela. Chegou a pensar que vocês eram namorados, mas Nathan confirmou que não. Quando ele o procurou para pedir conselhos sobre se devia investir e dizer o que estava sentindo a você, Michael disse aleluia na cara dele, claro que isso foi depois de ouvi-lo e orienta-lo na questão. Vocês são perfeitos um para o outro. Um casal lindo e basta olhar para você que percebemos o quanto isso está de fazendo bem.

- Sim, estou feliz com Nate.

- Ah, já o chama diferente... Isso é sinal de quem está apaixonada Stana - e Sandra notou ela enrubescer. Ouviram chamarem seus nomes.

- Hey, vocês duas estão surdas? Desse jeito o almoço vai esfriar. Vamos, Nathan acabou de tirar os últimos hambúrgueres da chapa.

Eles almoçaram em seguida e depois sentaram-se no jardim de frente para a pequena marina dos Truccos. Em certo momento, Michael fez sinal para Nathan e ele meneou a cabeça concordando. Michael inventou uma desculpa para entrarem na casa e Stana também não ligou. A sós, Nathan beijou-lhe os lábios e a trouxe para deitar-se em seus braços. Ela se aconchegou e ficaram olhando o mar e trocando caricias. Consultando o relógio, ele percebeu que já eram cinco da tarde e resolveu começar a surpresa. Ele a afastou um pouco de seu corpo, a beijou com paixão e levantou-se puxando-a pela mão.

- O que foi? Para onde você quer me levar?

- Você já vai ver gorgeous - ele a levou até o barco. Subiu a escadinha lateral e deu a mão para ajuda-la. Quando pisou no barco, ela ficou confusa. Porque Nathan estava subindo nesse barco?

- Mas Nate...

- Está tudo bem, vem. Ele a levou para a proa do barco e de uma geleira tirou uma garrafa de champagne e duas taças. Serviu a bebida a ela.

- Champagne? Qual a ocasião?

- Precisa ter algo especifico? Não podemos apenas celebrar a vida ou melhor a nossa vida juntos?

- Claro que podemos mas estamos invadindo propriedade alheia.

- Não estamos, eu aluguei esse barco para nós. Sabia que hoje faz um mês que estamos juntos? Portanto merece uma comemoração. Um brinde a nós, Stana e que esse mês se multiplique por outros tantos - eles brindaram e Nathan a beijou apaixonadamente. Depois de se perderem namorando um bom tempo foi que ela se lembrou de Michael e Sandra.

- Você dispensou os dois na própria casa?

- Não, eles sabiam. Queria fazer uma surpresa para você. Vem, deixa eu te mostrar o que preparei.

Ele a pegou pela mão e puxou na direção de uma escada que dava para dentro do barco. Lá ela se assustou com o esmero que ele tinha preparado. Uma mesa muito bem decorada, com talheres, copos e guardanapos. No centro um arranjo lindo de flores.

- Nate isso é....

- Pra você, só pra você - ela se virou para ele e abriu um daqueles sorrisos de tirar o fôlego. Parecia uma criança que acabara de abrir o presente de Natal. Ela aproximou-se dele e envolveu o pescoço dele com os braços. Deu um beijo suave nos lábios dele, depois outro e outro para então beija-lo com todo o desejo que a dominava. A intensidade do beijo foi mudando de acordo com o nível dos carinhos e toques trocados entre eles. Stana sentiu um arrepio na espinha quando ele a agarrou pela cintura e fez seus braços deslizarem pela lateral do corpo dela por baixo da blusa que usava. Ela mordiscou os lábios dele e Nathan buscou o pescoço dela ao quebrar o beijo. Ao ouvi-la gemer de prazer, soube que deveria parar não podia ir rápido demais. Ele se afastou um pouco dela e ligou o docking onde colocou seu iPhone. Escolheu uma seleção musical à base de jazz e blues e puxando-a pela mão começou a dançar. Os acordes eram de um clássico americano "It had to be You", ele a conduzia entoando alguns versos ao seu ouvido. Dançaram umas duas canções quando ele a fez sentar-se à mesa. Serviu uma nova taça de champagne a ela. Stana nem percebeu que virava a taça de uma vez devido ao nervosismo. Tocou uma campainha e de repente um garçom surgiu no barco trazendo uma bela salada. Era a entrada do jantar.

- Nathan, eu não sei o que dizer, não estava esperando...

- Apenas aproveite.

E ela fez. Seguido da salada, vieram o prato principal com os acompanhamentos. Tudo muito gostoso. Nathan não deixava o copo dela secar, percebera que Stana já ria muito mais agora sem qualquer motivo aparente. Chegara a hora da sobremesa. O garçon trouxe para eles algo chamado de cinammon oblivion. Uma mistura de sorvete de creme, pedaços de maçã com canela e nozes caramelizadas, simplesmente dos deuses. Stana estava completamente extasiada com tanta perfeição em um jantar. Tomou um outro copo de champagne, já não tinha noção de quanto bebera, apenas sabia que estava muito feliz, rindo e aproveitando o momento. Ela queria mais.

Nathan a admirava na luz tênue quase de penumbra que os iluminava. Ela serviu-se novamente de champagne, o sorriso bobo formado e sem intenção de ser desfeito, denunciava que a devia já estar um pouco mais alta que de costume. Ele sabia que Stana era fraca para bebidas como vinhos e champagne. Ela sorveu a bebida e deixou a taça sobre a mesa. Aproximou-se dele e com os lábios abertos avançou na direção dos lábios dele. Sem cerimônias, ela sugou o lábio inferior saboreando-o para somente depois entregar-se ao beijo realmente. Nathan a puxava pela nuca e sentiu as mãos ágeis dela abrirem os primeiros botões da camisa que usava. Stana deixou seu corpo apoiado no dele enquanto se perdia no interior daquela boca. Ele a colocou sentada no seu colo para sentir o calor do corpo dela junto ao seu. Vagarosamente, ele deixou uma das mãos invadir a camisa dela por baixo tocando a pele morna com seus dedos. Ela gemeu entre seus lábios. O desejo a dominava pouco a pouco.

Ele já começara a desfazer os botões da camisa dela enquanto a distraía com o toque e a beijava. A blusa caiu no chão e Stana quebrou o beijo sorrindo para ele. Em seus olhos, Nathan podia ver o desejo que fazia as pupilas dilatarem em reação ao que estava acontecendo entre eles. Não resistindo a vontade de prova-la o quanto antes, ele a ergueu e colocou-a no pequeno sofá e debruçou-se sobre ela, beijando o colo e a região entre os seios. Stana o acariciava nos ombros costas e cabelos empurrando-o contra o seu próprio corpo para que ele não parasse. Ela sentiu os dentes dele roçarem sobre o tecido do soutian instigando em busca do mamilo. O corpo se contorceu involuntariamente. Ele continuou roçando os dentes na pele dela do estomago até esbarrar na outra peça de roupa que ela vestia. Ele desfez o botão da bermuda jeans que ela usava e a puxou até tira-la completamente. jogou todo o seu peso sobre ela apenas para roubar-lhe um beijo. Ao afastar-se, ouviu os gemidos dela em protesto.

Nathan ergueu-a do sofá e de mãos dadas a levou até um outro cômodo do barco. Ao abrir a porta, Stana se deparou com um quarto. A cama de casal estava arrumada com vários travesseiros. Ao redor, seja na cabeceira da cama ou em outros lugares do cômodo, ela viu velas e velas acesas. Era a única luz do ambiente. Ela sentiu um cheirinho de canela no ar, certamente algumas dessas velas eram incensos.

- Nathan, você fez tudo isso?

- Sim, pra você. Queria que hoje fosse uma ocasião especial para nós.

- Especial? – ela se aproximou dele envolvendo o seu pescoço – porque imaginou que hoje seria especial? Está tentando – ela beijou-lhe os lábios – me... – beijou – seduzir... – novo beijo – Nathan? – o sorriso apaixonado não deixava o rosto, não apenas pela influência da bebida, queria render-se a ele – eu estou louca pra ficar com você, sentir seu corpo sobre o meu – ela gargalhou gostoso – vem, Nathan... vem! – ela o puxou pela mão em direção a cama. Ela o puxou para si beijando-o apaixonadamente. Stana sentiu os braços dele ao redor da sua cintura, apertando-a contra seu corpo e pode sentir a excitação dele já crescendo. Nathan a colocou sobre a cama. Ela ainda sorria e se esparramara na cama, ela fez sinal para Nathan com o dedinho, chamando-o.

Primeiro Nathan tirou a calça e o boxer, estava nu, exposto na frente dela. Um sorriso maroto de menina levada tomou conta dela. Ele se debruçou na cama, com uma das mãos afastou as pernas dela e inclinou-se sobre Stana. Apoiou os braços no colchão prendendo-a pelas laterais, as mãos acariciaram o rosto dela livrando-se dos cabelos que caiam na face, ele a beijou.

O beijo foi lento, sedutor. As línguas se tocavam e se deixavam explorar a cada movimento. Stana gemia ao contato com o peso do corpo dele sobre o seu. Uma sensação de aprisionamento voluntário. Fazia tempo que ela não passava por isso. Estar em meio a um momento tão esperado de prazer. Ao quebrar o beijo, ele seguiu com os lábios pelo pescoço dela, instigando e provando cada centímetro de pele. A mão percorreu o corpo buscando os seios. Apertou um deles de leve arrancando um gemido dela que fez o corpo de Stana se contorcer e Nathan pode sentir as unhas cravadas nas suas costas.

Stana atracou suas pernas na cintura dele e pode sentir a ereção já formada contra seu corpo. Nathan deslizou a língua por todo o contorno de um dos seios dela, abrindo o fecho frontal do soutian e mordiscando de leve a pele alva. Então, ele abocanhou um dos seios com vontade, sugando-o com esmero. Stana contorcia o corpo e deixou um gemido e o nome dele escaparem de sua boca. Ele não parou por aí. Nathan continuou a deslizar os lábios e a língua trabalhando juntas sentindo o sabor da pele até se deparar com o último obstáculo que o separava daquilo que mais desejava. Ansiava por prova-la. Porém, Stana também tinha seus próprios desejos, em um movimento único e rápido, ela trocou de posição com ele. Agora era ela quem comandava. Os lábios ávidos roçavam e sugavam o peito dele sentindo o gosto presente na pele, uma mistura de perfume amadeirado e suor masculino. O gosto dele. A língua dava lambidinhas em seu peito e nos mamilos. Ela deixou os dentes roçarem com força no ombro dele, mordendo, malinando. E por fim os olhares tornaram a se encontrar. Desejo, paixão e entrega culminaram em um beijo intenso capaz de deixar qualquer um sem fôlego.

Ela estava sentada entre as pernas dele e Nathan segurou o elástico da calcinha forçando-a a erguer as pernas para que ele puxasse a lingerie e a jogasse ao chão. Ele a manteve deitada de costas para o colchão bem próxima à beira da cama. As pernas de Stana estavam apoiadas nos ombros dele quando Nathan mergulhou para prova-la. Ela arqueou o corpo sentindo a língua dele a devorar por completo fazendo a umidade intensificar-se dentro dela. Não satisfeito por sentir o gosto dela, enquanto massageava o clitóris dela com a língua, enfiou seus dedos na cavidade úmida e quente fazendo-a gemer alto por causa do toque.

Ele não parou. Vê-la se entregar tão puramente aos seus toques era algo tão sublime que não estava disposto a perder um minuto sequer. Stana sentiu o corpo estremecer a cada toque, a cada caricia e ao sentir os lábios dele beijarem a sua região mais sensível, o orgasmo a atingiu. Forte, firme e tão poderoso que a deixou zonza. Ela ofegava e se segurava nos lençóis enquanto ele a devorava.

- Oh, Gosh...Nathan!

E se perdia novamente em ruídos ininteligíveis. A sucessão de orgasmos continuava mas dessa vez, ele começava a provar outras partes do corpo dela como o interior das coxas e voltou a buscar os seios dela com as mãos massageando-os e fazendo os mamilos enrijecerem ao toque. Puxava-os entre os dedos, instigando. A pele do colo de Stana brilhava de suor já bastante vermelha. Ao aproximar sua boca da dela, sentiu os dentes dela mordiscarem seu lábio inferior antes de render-se a mais um beijo. Urgente, quente como a temperatura do ar no ambiente e entre eles. Com muito esforço e recuperando parte do fôlego perdido, Stana sussurrou.

- Faça amor comigo, Nathan...

Ele não hesitou nem um segundo sequer. Novamente impulsionando seu corpo no colchão, ele a penetrou. Imediatamente começou a mover-se dentro dela. Cada gesto os fazia sentir o poder daquele instante. Não era sonho, era real. Apoiando os braços na cama, ele a penetrava uma, duas, varias vezes. O poder do movimento fazia de Stana uma vítima do prazer. Ele voltara a beija-la, devorando-lhe os lábios doces e sedentos. Ela segurava em seus braços e uma das mãos o puxava pela nuca intensificando o beijo, mantinham o ritmo juntos. Tê-lo dentro de si era sentir-se completa finalmente. Stana sentiu que ele aumentava o ritmo, ditava as regras. Ela estava tão envolvida no ato que Nathan simplesmente concentrava-se em proporcionar cada segundo de prazer a ela, os movimentos de seus corpos eram tamanhos que ela já tinha a cabeça inclinada para fora da cama. Nathan aproveitou-se da posição em que ela se encontrava e beijou e sugou a pele exposta da garganta. Ela gritou de prazer, a voz rouca ainda pode demonstrar o que sentia, as pupilas dilatadas anunciavam ao simples tremor do corpo a chegada de um novo orgasmo.

E a explosão tornou a dominar seu corpo, mente e pensamento. Nathan sentia o poder do orgasmo dela sobre ele, sentia a umidade e os movimentos involuntários do prazer contra seu próprio membro. Na aguentaria muito mais. Viu o rosto dela se contorcer e ficar ainda mais vermelho, seja pela posição, seja pelo prazer. Ofegante, Stana sentiu o coração disparar quando Nathan finalmente se entregou ao prazer e o orgasmo o atingiu.

Naquele instante, nada existia além das sensações e das respirações de ambos, intensas, rápidas. Ele se colocou de joelhos e a puxou consigo para a cama. Os lábios chocaram-se em um beijo urgente. Ela voltou a segurar-se em seu pescoço e envolver suas pernas na cintura dele. Tudo sem quebrar qualquer contato entre eles. Se entregavam completamente. Nathan a afastou-a de si apenas para expor a garganta à sua frente. A boca passeou sobre a pele antes de roçar os dentes ali. Ao encontro de seus olhares, uma vez mais, ela sorria e mexia-se sobre ele. Após ser atingida por mais uma explosão de prazer, Stana jogou seu corpo sobre o dele que caiu de costas para o colchão completamente rendido depois de tudo o que experimentaram.

Por vários minutos eles não ousaram se mover. Stana segurando-se na parede da cama, lentamente mexeu o corpo sobre o dele. Beijou carinhosamente o ombro exposto. Sentiu as mãos dele segurando sua cintura. Ele a abraçou carinhosamente. Stana apoiava as mãos nos ombros dele acariciando até o peito enquanto seu olhar encontrara o dele. O sorriso se abriu e um novo beijo aconteceu. Satisfeita em saborear os lábios de Nathan, ela se afastou um pouco e apenas ficou observando-o perdida naqueles olhos azuis tão cativantes.

- Tudo bem? – ele perguntou.

- Bem? Mais que bem, perfeito – ela respondeu acariciando o rosto dele – podíamos ficar aqui para sempre. Ele sorriu e a ergueu de seu colo sentando-a com as costas para o encosto da cama. Inclinou-se sobre ela e entre sorrisos beijou-a repetidas vezes. Apenas quando julgou suficiente de caricias por hora, ele se afastou e levantou da cama. Pegou um roupão que deixara sobre a poltrona.

- Onde você vai? – ela perguntou manhosa.

- Buscar café para nós.

Voltou em cerca de dez minutos com uma bandeja e duas canecas de café fumegante. Colocou a bandeja sobre a cabeceira ao lado da cama e entregou a caneca a ela. Sentou-se de frente para Stana. Ela se cobrira com o lençol da cama e sorveu a bebida. Café era um bálsamo para o corpo cansado. Suspirou.

- Nem sei o que estou sentindo, Nathan... é tão louco e intenso. Jamais esperava algo assim.

- E isso quer dizer algo bom ou ruim?

- Muito bom, muito mesmo. Mais do que esperava. A sensação de exaustão me domina.

- Eu sei, a mim também – ele tirou a caneca das mãos dela e colocou de volta na bandeja – precisamos dormir um pouco. Vem...


Ele a puxou contra seu corpo e Stana se aconchegou no peito dele. Afagando seus cabelos acabaram por adormecer. Mais tarde, voltariam a despertar e novamente se perderiam nos braços um do outro por prazer, desejo e amor embora nenhum dos dois estivessem prontos para admitir o que sentiam. 


Continua......

6 comentários:

Unknown disse...

Jesussssssssss que calorrrrrr!! Muito quente esse capítulo!!! AMEI!!
É mt química desses dois!!

Unknown disse...

Tenho certeza que se acontecer na vida real se já não aconteceu será ou já foi assim. Com muita química e muitos copos de água gelada haha

Unknown disse...

Derrepente ficou quente aqui...
Genteeeeee que cap foi esse???!!!!
O vai e não vai me deixou aflita,Stana é uma guerreuira por que olha eu já teria partido para os finalmentes a muito tempo.Imagino que o Nat realmente é tudo isso e mais um pouco Uiiiiii.
esperando o proximo cap.

Aline disse...

precisava dizer que amei???????????
GENTE, QUE PERFEITO!!!
sem falar na cena que vocÊ fez com a lisa, kkkk, ficou mt engraçada.
sério, a cada dia que passa ainda consigo ficar mais Stanathan kk, e suas fics só pioram a situação kkkkkkk

ROMANCE DIÁRIO disse...

Pelamodedeus! Fogo é mato aki agora! Credo! Muito kente esse capítulo. Com certeza eles são fogo puro, química a mil por hora. Eu tenho certeza de que se algo ainda nao rolou com eles de verdade, está no caminho pois é muito perfeita a química na tela. É muito show! Amo esse casal!

Unknown disse...

Uffffff a temperatura até subiu aqui 666' e essa química? ameeeeei esse cap *-*

ps: sou a stanathanbr kkkk